Marina Vitoruzzo, da Mitsubishi, é nova presidente do ILAC

Nova gestão deve ser norteada por trabalhos que priorizem o aumento da demanda dentro do mercado de acrílico; segmentos como o automotivo, de construção civil e movelaria estão entre os principais focos

Marina Vitoruzzo, presidente do ILAC.

Marina Vitoruzzo, gerente de vendas para América Latina da Mitsubishi Chemical Metacrilatos, é a nova presidente do Instituto Latino-Americano do Acrílico, o ILAC. É a primeira vez que a executiva, que conta com larga experiência no setor de Metacrilatos e PMMA, ocupa o posto. Entre as metas de sua gestão, ressalta ela, está a necessidade de fazer com que o mercado de acrílico cresça, tanto no Brasil como em outros países da América Latina. Para isso, ela e os outros membros da diretoria do Instituto, apresentaram ontem (04/07) aos associados da entidade as prioridades que devem nortear as ações do Instituto não apenas dentro dos próximos dois anos, mas também a longo prazo. Entre essas ações podem ser destacados três pontos de trabalho: antecipação da indústria do acrílico quanto as demandas ambientais com foco na economia circular e na redução da pegada de carbono, normatização para diferentes aplicações do acrílico e, por fim, criação de comitês dos setores automotivo, moveleiro e de construção civil. “Sinto-me honrada por assumir a liderança do ILAC e estou entusiasmada com o trabalho que temos pela frente”, diz Marina.

Embora esteja animada com o trabalho, a executiva sabe que essas não são ações simples. No entanto, ela explica que as mudanças exigem sempre um primeiro passo. Nesse caso, diz ela, a promoção de ideias que possam culminar na criação de uma espécie de “Selo Verde” para o setor do acrílico pode começar com o estreitamento de laços entre a indústria e universidades. Da mesma forma, que, junto aos membros do ILAC, visa incorporar o acrílico em aplicações para os seguimentos de construção civil, moveleiro e automotivo através de normas técnicas via ABNT. “Nosso objetivo é o de entender melhor cada mercado visando expansão do uso do acrílico em cada um destes segmentos. Para isso, devemos trabalhar com o direcionamento de associados que já atuam nesses setores e de parceiros externos, como universidades e outras associações setoriais, na tentativa de desenvolver parcerias que possam contribuir para que a gente consiga entregar um produto com menor impacto ambiental e, ao mesmo tempo, certificado”, explica a executiva.

Além de Marina, Marcelo Thieme, da Oswaldo Cruz, segue na entidade. No entanto, Thieme, que ocupou a presidência do ILAC por seis anos, assume agora a vice-presidência. Segundo ele é importante continuar frisando a importância do Instituto como um catalisador do mercado do acrílico. Também compõem a diretoria da entidade Ralf Sebold, da Bold, William Oliveira, da CB Cril, Rodrigo Lopes, da Tudo em Acrílico, Fernando Oliveira, da Castcril, Sandra Cavalcante, da Mitsubishi, Marcos Rodrigues, da Sheet Cril, Max de Carvalho, da Acrimax, Roberto D’Amore, da Day Brasil, Carlos Aurelan, da Acriplanos, Eleandro Rostirolla, da Acrilmarco, e Alexandre Lima, da Acrílico Design.

Além das novas ações, o ILAC segue com os trabalhos de promoção do acrílico junto ao cliente final, seja por meio dos seus canais digitais, como site, mídias sociais e canal de TV no Youtube (AcrílicoTV), como na promoção de pautas que envolvam o material. Para especificadores, assim como para os associados ou profissionais do setor, o Instituto viabiliza e promove cursos e eventos, além de material informativo, cujo objetivo é o de incentivar o aperfeiçoamento do setor. Vale ressaltar que o ILAC é a principal instituição da América Latina voltada para o setor do acrílico. Reúne empresas que atuam em diferentes segmentos deste mercado, seja como produtora ou distribuidora de chapas acrílicas ou de produtos ou equipamentos voltados para a transformação do acrílico, como de empresas transformadoras.

No Brasil, o mercado de chapas acrílicas comercializou no ano passado um total estimado de 12.101 toneladas. O valor inclui tanto as chapas acrílicas virgens como as ecológicas, feitas através da reciclagem de sucatas. O país é o segundo maior mercado de chapas acrílicas da América Latina. O México lidera a lista com 13 mil toneladas ano, segundo dados do ILAC. A lista divulgada pela entidade ainda mostra que o mercado de chapas acrílicas na Colômbia é de 3.500 toneladas, sendo seguida pela Argentina, com 2.500 toneladas comercializadas, do Chile e do Peru, com 2.300 toneladas cada. Esse é o primeiro levantamento da entidade para toda a região, que ainda não contava com um levantamento na área.

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